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HERPES ZOSTER: VACINAÇÃO

Atualizado: 17 de jan. de 2020


O herpes zoster, popularmente chamado de “cobreiro”, é causado pelo mesmo vírus que causa a varicela /catapora: Varicella zoster vírus ou herpes vírus humano tipo 3.

A varicela ocorre mais frequentemente na infância, e o herpes zoster, mais no idoso. Depois ter tido varicela lá na infância, o vírus pode ficar “dormente” por muito tempo... até por anos, podendo “acordar”. A facilitação para que isso ocorra geralmente envolve queda de imunidade, ocorrendo aí a reativação do vírus.

A partir disso, a pessoa pode iniciar com dor, coceira ou ardência no local onde, na sequência, surgirão bolhas na pele (é comum que a dor e a ardência comecem antes da erupção cutânea). Por seguir o trajeto de um nervo, as lesões na pele ocorrem somente DE UM LADO DO CORPO (não ultrapassam a linha mediana), sendo mais frequentes no tórax, abdome ou no rosto.

O Zoster pode impossibilitar a pessoa de realizar movimentos como deitar e se vestir consequentes à dor intensa. Até a roupa que encosta no corpo pode ser muito desconfortável.

Exemplos de queda de imunidade: Diabetes, HIV, doenças reumatológicas (artrite reumatoide/ Lupus), câncer.

Ao perceber o início dos sintomas, a busca pelo médico deve ser precoce: quanto antes, menos gravidade. Por exemplo, se o vírus acometer o nervo oftálmico, pode levar a consequências graves, inclusive a cegueira.

Algumas pessoas desenvolvem a neurite/nevralgia pós-herpética, permanecendo com dor crônica, que pode durar meses ou mesmo anos após a cicatrização das “bolhas” /erupções cutâneas.

Os principais objetivos do tratamento são limitar a extensão, o tempo de sintomas e a gravidade na sua fase aguda, aliviando a neuralgia pós-herpética.

Não confunda a infecção com herpes simples (ou simplex), a qual é mais conhecida e comum provocando pequenas bolhas nos lábios ou na região genital.

Assim como existe tratamento, também existe vacina (prevenção) para o Zoster.

A vacina do herpes zoster é eficaz na prevenção da doença e a proteção pode durar três anos.

Costuma ser bem tolerada, com poucos efeitos adversos.

Eficácia de aproximadamente 70%.


Quem deve receber a vacina?


A partir dos 60 anos, mesmo para aqueles que já tiveram a doença. O uso já é aprovado aos 50 anos, mas a contraindicação é ter alguma condição que prejudique o sistema imunológico. Converse com seu médico antes de realizá-la.

Pesquisas recentes têm sugerido uma associação do herpes vírus com a doença de Alzheimer.


Converse com seu médico a respeito.


Mais informações:

http://www.asbai.org.br

http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/herpes-zoster/97/

https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD008858.pub3/full/pt#CD008858-abs-0004

Itzhaki RF (2018) Corroboration of a major role for Herpes Simplex Virus Type 1 in Alzheimer’s disease. Front Aging Neurosci 10:324. https://doi.org/10.3389/fnagi.2018.00324CrossRefPubMedCentralGoogle Scholar

Chen V, et al. (2018) Herpes zoster and dementia. J Clin Psychiatry 79:16 m11312.

https://doi.org/10.4088/JCP.16m11312CrossRefGoogle Scholar Ukraintseva S, et al. (2017) On the role of infection in Alzheimer´s disease (AD): Herpes viruses areassociated with significant increase in AD risk in a large population—representative sample of eldery individuals.

Alzheimer’s Dement 13(Suppl.):1423–1424.

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