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COVID-19: teste rápido

Teste rápido (IgM/IgG) é o nome que vem usado popularmente para os testes imunocromatográficos. A sorologia é realizada pelo método de quimioluminescência.


São exames realizados em amostras de sangue.


Para entender os testes, uma breve explicação sobre IgM e IgG:


Quando um organismo começa a produção de suas defesas, os anticorpos do tipo IgM são os primeiros a aparecer, sendo portanto, relacionados a infecções recentes (presentes em pacientes que podem estar com o virus). O teste detecta exatamente isso: uma resposta deflagrada pelo organismo por quem se expôs ao virus. Não há detecção do virus (ver post anterior), mas sim, dos anticorpos produzidos pelo organismo depois de enfrentar a infecção/exposição.


Importante: atualmente, testes baseados em sorologia não são recomendados pelas organizações de saúde para se estabelecer diagnóstico. Abaixo, as explicações.


Como o teste rápido não possui a mesma sensibilidade que os demais métodos, é importante ter a orientação e o acompanhamento de um médico.


Por isso, recomenda-se que seja realizado PELO MENOS 10 dias após o início dos sintomas (o organismo precisa de um período mínimo para “fabricar” os anticorpos, após a exposição), e também o momento com maior sensiblilidade do teste. Este período entre o início dos sintomas e a detecção dos anticorpos nos exames é chamado de janela imunológica.

A dinâmica de produção destes anticorpos é semelhante à encontrada em outras infecções virais agudas, onde os níveis de IgG aumentam à medida em que os níveis de IgM começam a diminuir. Os anticorpos IgM são detectáveis ​​dentro de 5 dias de infecção, com níveis mais altos nas 2 a 3 semanas subsequentes da doença, enquanto a resposta IgG é vista pela primeira vez aproximadamente 14 dias após o início dos sintomas.

Neste contexto, não se deve utilizar teste rápido isoladamente para firmar diagnóstico de COVID, sendo recomendada a confirmação por ensaio molecular (identifica a presença ou não do virus).


Também há possibilidade de reatividade cruzada com outros coronavirus (não Sars-CoV-2, levando a um resultado falso +), e ainda dar positivo por infecção passada/antiga.


Da mesma forma, a utilização de testes rápidos antes desse período pode levar a resultados negativos mesmo nas pessoas que possuem o virus, sendo, portanto, um resultado “falso negativo”.


Por enquanto, ainda não sabemos por quanto tempo estes anticorpos IgM e IgG permanecem no organismo.


Se a segunda infecção ocorre: informação ainda desconhecida.



Os testes rápidos para COVID-19 são similares aos testes de farmácia para gravidez.


No caso do teste para COVID-19, faz-se uso de uma lâmina de nitrocelulose (uma espécie de papel) que reage com a amostra e apresenta uma indicação visual em caso positivo.


O teste deve ser usado como uma ferramenta para auxílio no diagnóstico da doença por infecção por coronavírus (COVID 19), causada pelo SARS-CoV2.


Todo o cuidado, portanto, com um resultado nas mãos. É preciso saber como interpretá-lo.


Resultados requerem uma compreensão dos pontos fortes e limitações.


Huang C, Wang Y, Li X, et al. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in Wuhan, China. Lancet. 2020; (20): 30183-5. 2. Zhu N, Zhang D, Wang W, et al.


A novel coronavirus from patients with pneumonia in China, 2019. N Engl J Med. 2020; 382: 727-33. 3. Zhou P, Yang X, Wang X, et al.



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