- A asma é uma doença respiratória crônica que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros e para a qual não existe cura (prevalência de 20% entre os adolescentes no nosso país).
- Ao longo das últimas décadas, deixamos de ver emergências e enfermarias lotadas de asmáticos nebulizando, recebendo aminofilina, teofilina.
- Os avanços no conhecimento da fisiopatologia da asma são inegáveis e, consequentemente, houve uma impressionante melhora na oferta de medicamentos controladores da doença.
- Mas mesmo com todas essas modificações, esses avanços não se estendem para todos os que precisam e, paradoxalmente, o controle da doença continua subótimo (no mundo todo).
- Pesquisas indicam que um número muito baixo no universo dos asmáticos realmente encontra-se com a doença controlada. No Brasil, apenas 12,3% dos asmáticos estão com a doença considerada bem controlada.
- Quantas pessoas você conhece já tiveram diagnóstico prévio de asma, mas nunca mais avaliaram (bronquite na infância? bronquite asmática quando pequeno)? Muitos dos quais periodicamente precisam consultar em emergências ou com brevidade com pneumologistas, eventualmente inclusive precisando internação por crise...
- O objetivo vai muito além do controle dessas crises para estas pessoas: é obter o controle dos sintomas no dia a dia, garantir a qualidade de vida e diminuir os riscos futuros (como perda de função pulmonar, prevenindo complicações futuras).
- A asma é uma doença complexa e heterogênea, para a qual o tratamento medicamentoso por via inalatória, por si só, representa um desafio no que diz respeito ao uso correto do dispositivo inalatório e à adesão ao tratamento, além da escolha do dispositivo correto e da dose adequada de medicação para cada pessoa.
- A adesão completa ao tratamento prescrito e as orientações do seu pneumologista levam à melhora da qualidade de vida, ao menor número de internações e à maior produtividade no trabalho (taxas de absenteísmo entrando aqui)... e isso depende da sua sequência ao tratamento diário prescrito, do controle do ambiente onde você vive e trabalha.
- Como qualquer doença crônica, a parceria médico-paciente precisa ser uma realidade!
FONTES:
1. https://ginasthma.org/gina-reports/ The Global Asthma Report 2021 (na bio). 2. Nathan RA, Thompson PJ, Price D, Fabbri LM, Salvi S, González-Díaz S, et al. Taking Aim at Asthma Around the World: Global Results of the Asthma Insight and Management Survey in the Asia-Pacific Region, Latin America, Europe, Canada, and the United States. J Allergy Clin Immunol Pract. 2015;3(5):734-42.e5. https://doi.org/10.1016/j.jaip.2015.04.013
3. Maspero JF, Jardim JR, Aranda A, Tassinari C P, Gonzalez-Diaz SN, Sansores RH, et al. Insights, attitudes, and perceptions about asthma and its treatment: findings from a multinational survey of patients from Latin America. World Allergy Organ J. 2013;6(1):19. https://doi.org/10.1186/1939-4551-6-19
4. Marchioro J, Gazzotti MR, Nascimento OA, Montealegre F, Fish J, Jardim JR. Level of asthma control and its relationship with medication use in asthma patients in Brazil. J Bras Pneumol. 2014;40(5):487-94. https://doi.org/10.1590/S1806-37132014000500004
5. Cançado JED, Penha M, Gupta S, Li VW, Julian GS, Moreira ES. Respira project: Humanistic and economic burden of asthma in Brazil. J Asthma. 2019;56(3):244-251. https://doi.org/10.1080/02770903.2018.1445267
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